Edgar Allan Poe

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Duas traduções do mesmo poema "O Corvo":

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
vagos, curiosos tomos de ciências
ancestrais,
e já quase adormecia, ouvi o que
parecia o som de alguém que batia levemente
a meus umbrais.
"uma visita", eu me disse. "está batendo
a meus umbrais. É só isto, e nada mais."


Outra

Em certo dia, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caíndo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga.
De uma velha doutrina, agora morta,
ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de
Mansinho;
Há de ser isso e nada mais."


De qual é quem e de quem é qual?
Fernando Pessoa e Machado de Assis
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